Nova Honda Hornet traz freios combinados e sistema ABS

A palavra de ordem dentro da divisão de motocicletas da Honda é segurança. O presidente mundial da marca, Takeo Fukui, prometeu que a partir de 2010 todas as motos acima de 250 cc sairão de fábrica equipadas com sistemas de freio mais avançados e eficientes. No Brasil, esse primeiro passo foi dado com a chegada da nova CB 600F Hornet equipada com ABS (Antilock Brake System) e CBS (Combined Brake System), opcional incorporado a linha de produção desde maio. Na ponta do lápis, a Hornet com Combined ABS fica R$ 2.300,00 mais cara que a versão standard. O modelo top de linha tem preço sugerido de R$ 33.137,00, para o Estado de São Paulo, sem frete, óleo e seguro.

A mais recente versão da Hornet chegou ao Brasil em abril deste ano, cheia de novidades, a começar pelo novo e mais potente motor de quatro cilindros em linha com 102 cv. O design ousado é outra marca registrada da nova Hornet. Uma pequena carenagem recobre o farol afunilado e ainda traz o pequeno painel triangular incorporado. O tanque traz vincos que acompanham as linhas do modelo. A traseira segue a tendência minimalista e de lanternas com LEDs. A ausência de roupagem e as duas alças para a garupa também são novidades.

FREIOS COMBINADOS
Além de ter preço mais salgado e peso maior -- 177 kg contra 173 kg -- em relação ao modelo standard, o maior diferencial da versão top de linha é mesmo o sistema de freios. A Hornet com Combined ABS traz pinças de freio de três pistões na dianteira -- na convencional são pinças de dois pistões. Os discos continuam sendo dois de 296 mm de diâmetro na frente e somente um de 240 mm com pinça simples atrás.

A mudança nas pinças dianteiras foi feita em função do sistema de freios combinados, que liga o pedal de freio traseiro ao pistão central da pinça de freio do disco direito. Resumindo, o sistema CBS aciona uma das pinças do freio dianteiro quando o motociclista pisa firmemente no freio traseiro. Mas o interessante é que essa última versão do CBS não aciona o freio dianteiro em qualquer "pisada" no pedal.

Uma válvula de retardo (delay valve) posicionada entre o cilindro mestre traseiro e a pinça de freio dianteira é a responsável por garantir o funcionamento desse sistema somente em situações de emergência. Se o piloto pisar suavemente no freio traseiro, situação muito útil em manobras em baixa velocidade ou na entrada de curvas, o resultado será pouca ou quase nenhuma ação sobre a pastilha dianteira direita.

Porém se o motociclista "calcar" o pé no freio sem dó, a válvula detectará a pressão excessiva e dosa a frenagem entre a dianteira e a traseira para garantir equilíbrio da moto em uma situação de emergência. Outra válvula de controle proporcional -- Proportional Control Valve (PCV) -- assegura uma frenagem progressiva e controlada.

ABS DE ÚLTIMA GERAÇÃO
O sistema antitravamento dos freios é o primeiro a equipar uma "naked" de média cilindrada. Compacto e leve minimiza as chances dos pneus derraparem em superfícies escorregadias.

Uma unidade de controle eletrônico (ECU) regula um modelador motorizado que controla tanto o freio dianteiro como o traseiro. A ECU também monitora constantemente sensores de velocidade acoplados ao centro das duas rodas.

Ao menor sinal de derrapagem que é detectada por meio da velocidade de rotação das rodas dianteira e traseira faz com que a ECU ative o modulador para que ele controle a pressão sobre os freios em um ciclo de soltar-frear-soltar. Isso até que a velocidade de rotação das duas rodas volte a índices normais.

Isso acontece muito rápido a ponto de ser difícil notar a atuação do ABS no caso da Hornet. Foi necessário pisar com muita vontade no pedal de freio traseiro ao rodar em piso escorregadio até ser possível sentir o pedal fazer o "tuc-tuc" característico do ABS aliviando a pressão do freio.

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