Vida longa aos pneus

Toda a tecnologia implantada no desenvolvimento de um pneu pode ser comprometida se ele não for calibrado. Se as condições de pressão não forem adequadas, além de comprometer a segurança do veículo — a estabilidade diminui e o condutor perde a capacidade de manejo — o carro consumirá mais combustível. Por isso, é muito importante a manutenção constante dos pneus.

“Se o carro roda com 30 libras, e você deixa com 20% a menos, na cidade pode nem perceber, mas na estrada faz uma enorme diferença. Aqueles 3% de economia de combustível que se consegue com o desenvolvimento de pneus com baixa resistência ao rolamento se perdem. Além disso, o pneu perde até 30% de vida útil e a segurança fica comprometida”, afirma o gerente de marketing de produto de pneus de passeio e caminhonete da Michelin América do Sul, Renato Silva.

A recomendação dos especialistas é que a calibragem seja feita a cada quinze dias, inclusive do estepe. O ideal é calibrar o pneu quando ele estiver frio. “Pode parecer exagero, mas é muito importante a manutenção da pressão. Vários fatores podem causar a perda de pressão, como furos, um prego que ficou no furo, uma válvula que não funciona direito, uma roda amassada etc. Isso compromete a performance do pneu”, destaca o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Pirelli, Roberto Falkenstein.

Sobre o nível de pressão, Falkenstein ressalta que se deve seguir as recomendações especificadas no manual do carro. “Essa calibragem ideal é buscada em testes e é a que permite obter o melhor equilíbrio”, afirma o diretor da Pirelli.

O excesso de pressão também é prejudicial. De acordo com o gerente de produtos e serviços técnicos da Continental Pneus, Gilberto Viviani, nesse caso, o pneu tem contato com o solo apenas por meio da parte central da banda de rodagem e se desgasta com muito mais rapidez. As distâncias de frenagem também são maiores.


Fonte

OAB-SP diz que recall do Fox desrespeita consumidor; Volkswagen nega

A Ordem dos Advogados do Brasil — Secção de São Paulo (OAB-SP) divulgou nesta sexta-feira (13) uma nota com a afirmação de que o comunicado de recall do sistema de rebatimento do banco traseiro do Volkswagen Fox não está de acordo com o que determina o parágrafo primeiro do artigo 10 do Código de Defesa do Consumidor, por não alertar os consumidores sobre o defeito existente em um dos componentes do veículo.

"O fato é que o comunicado não informa, de maneira clara e precisa, a respeito dessa periculosidade da peça defeituosa, que pode, inclusive, causar perda parcial do dedo da mão", afirma o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB-SP, José Eduardo Tavolieri de Oliveira.

Sobre a declaração do representante da OAB, a Volkswagen do Brasil informa que toda a campanha de anúncio de recall do Fox foi realizada respeitando o que rege a Lei de Defesa do Consumidor.

A convocação de recall da Volkswagen do Brasil para os proprietários dos modelos Fox, CrossFox e Spacefox começou no dia 3 de junho, para instalações adicionais de proteção no mecanismo de rebatimento do banco traseiro.

Participarão do recall os veículos que possuem banco traseiro com encosto inteiriço e corrediço (ajuste longitudinal), totalizando 293.199 unidades. Mas para tranquilizar os proprietários, a Volkswagen vai convocar todos os donos de modelos Fox produzidos no Brasil, um total de 511.116 unidades, incluindo aqueles cujo carro possui banco fixo ou bi-partido (modelos que não participam do recall).

Fonte